Reencontrando o Sagrado no Natal

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Reencontrando o Sagrado no Natal

Nestes dias em que o mundo parece reduzir o mistério a vitrinese o afeto a sacolas talvez o maior presente seja re-sacralizar o instante. Não por nostalgia, nem por moralismo, mas por uma escolha delicada: voltar a perceber que existe algo em nós que não se compra, não se exibe, não se apressa.

O sagrado é um centro silencioso que acolhe todas as dimensões.

É uma presença quase invisível por dentro — e, ainda assim, tão real — que transforma o comum em significado: a mesa simples, o cheiro do alimento, as histórias repetidas, as diferenças de opinião, a família como ela é. O sagrado não nasce do esforço de “fazer tudo perfeito”, mas do gesto humilde de desistir da perfeição para finalmente habitar a verdade.

O sagrado é também a reabilitação dos descartados:

Aquilo em nós que não foi celebrado, acolhido, honrado, o que ficou de fora, o que parece imperfeito — em nós, nos outros, até nos mais próximos. Quando o coração se abre, o que antes era incômodo pode ser revisto como dom: não porque tudo se torna fácil, mas porque tudo se torna mais humano. E, estranhamente, é desse interior vasto — sem horizonte e sem pressaque voltamos ao mundo como quem inspira e expira: devolvendo a vida… transformada.

O sagrado tem uma relação diferente com o tempo.

Ele não vive no relógio que cobra, mas no tempo que irradia do presente. Um tempo que faz a pressa aprender a descansar; a ação recordar a amplitude; a alegria não negar a angústia. No sagrado, dar e receber deixam de ser uma troca ansiosa: tornam-se uma conversa — e, às vezes, um silêncio — onde doador e receptor se desfazem em pertencimento.

O sagrado não está automaticamente em Belém, nem em Jerusalém, nem no maior e mais brilhante centro comercial.

Ele pode estar em qualquer lugar — se estivermos lá de verdade: em boa companhia, com um amigo, com um ente querido, com nossos pensamentos mais generosos, e sobretudo com um silêncio habitado. O sagrado chega à terra na qualidade do nosso dar e receber: como espelho das nossas virtudes e dificuldades — e também como porta para a vida que desejamos viver além do consumo inconsciente.

O sagrado se revela com uma beleza estranha: ele acena para a incerteza.

O tempo comemorado e o tempo que passou rápido demais.
Um olhar para o céu estrelado no meio da noite.
Um olhar demorado para o rosto de um filho, de uma filha.
A lembrança de alguém sozinho no meio de uma celebração lotada.
Nessas pequenas rupturas de automatismo, o sagrado aparece — não como espetáculo, mas como verdade.

Por isso, talvez o caminho do sagrado seja simples: parar.

Dar um passo não para a direita nem para a esquerda, mas para dentropara o coração das circunstâncias. Parar como quem pousa. Respirar como quem retorna. E, a partir desse lugar, encarnar o espírito deste tempo: uma simplicidade radical, imperfeita e viva, onde ainda somos capazes de surpresa, admiração e gratidão.

Que neste Natal, em meio à dessacralização e ao ruído, você encontre o sagrado onde ele sempre esteve: no coração que se lembra, na presença que escolhe amar, e no silêncio que torna tudo novamente essencial. ✨

Para você que me segue, curte e compartilha a Jornada…Eu desejo um Natal permeado pelo Verdadeiro Espírito do Cristo e um 2026 Auspicioso em todos os aspectos.

Com Amor, Graça e Alegria,

Mônica Lampe

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